Cantei!
E meu canto disseminou-se no canto dos pássaros,
Espalhou-se com os pingos de chuva
Fazendo sorrir alguém do outro lado do planeta.
Chorei!
E as lágrimas queimaram minha face,
O chão batido de terra vermelha e
Por alguns instantes, a vida pode ser límpida.
Dancei!
Uma dança sem ritmo definido
Que encantou formigas desavisadas
E todo o movimento ficou explicado.
Vivi!
E a vida mostrou-se turrona,
Colocou pedras no caminho estreito,
Mas todas tinham beleza de valer a pena.
Olhei!
E por momentos infinitos todas as estrelas
Me sorriram e eram minhas. Apenas minhas.
Assim, a cor dos olhos teve porquê.
Viajei!
Por mundos distantes imaginários.
E monstros mostraram que não são tão maus,
Enquanto flores mostravam espinhos.
Sonhei!
Dias e noites inteiros na cama e fora dela.
E os sonhos viraram realidade com tato
Mesmo que essa fosse inventada.
Sorri!
E então, os dentes já não eram apenas dentes,
Tinham vida e secavam lágrimas e cresciam.
E os sorrisos tinham beleza de qualquer cor.
Amei!
E o amor ultrapassou paredes e ruas
Chegando até os seus ouvidos,
Virando amor multiplicado por dois.
A promessa
Há 5 anos
Um comentário:
Que versos lindos!
Suaves e intensos ao mesmo tempo.
Você tem talento.
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