Omagio a Eikoh Hosoe, de Cicchine

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Sinto falta do tempo

Que não te amava

Quando pensar-te

Não causava arrepios.

E olhar para as estrelas

Não era procurar o teu sorriso.
E ouvir certa música

Não era cobrir-me em prantos.


Entretanto, antes de amar-te,

Não havia os dias de alegrias

E esperanças que se colorem

Descolorindo.

Sem o (seu) amor.

Não há a vontade de buscar

E bem querer é uma expressão vã.

Não há necessidade de ler mensagens

Nem sorrir, só pela satisfação

De te sonhar.

Um comentário:

Siturcio disse...

Cara minha,
Essa ânsia, esse extase... que nos faz gritar a agonia escondida, que nos faz comer a lua com os olhos, como que recheio para uma noite incauta. É isso, talvez, que faz o íntimo do ser brilhar em páginas molhadas de suor ou lágrimas. E embora tudo pareça ter se perdido, quando num dia de sol e céu azulado, as lembranças, que fundidas à alma, far-nos-ão próximos desses desejos amassados, como se fossemos nós as próprias lembranças, esquecidos e lembrados a cada novo milésimo.