Detenho-me.
A porta está aberta a minha frente.
Repouso suavemente no teu olhar.
E ele não me diz nada.
Suspiro.
Em palavras-olhares imploro pra ficar.
A porta continua aberta e
Você vai ficando cada vez mais distante.
Abstenho-me.
Da última dose de vodka.
Da última palavra e você
Me abstém do último beijo.
Choro.
Lágrimas tão antigas quanto seus olhos
Entram pela minha boca e
Sufocam o grito de adeus indesejado.
Seguro-me.
Nos seus pelos, no seu sentimento.
Mas é tudo inconstante e o abismo,
A única certeza que me doa.
Paro.
A porta aberta, meus sonhos partindo.
Eu não vou, você não volta.
A mala fica no canto,
A dor no peito. Pra sempre.
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