Está chovendo agora.
Tanto que a rua alagou.
Pessoas molhadas até a cintura,
Formigas aprendendo a nadar.
Chove tanto que o deserto virou mar,
Que a montanha virou casa de cupins,
Que as árvores viraram arbustos
E as flores desapareceram no quintal.
Tudo que havia de sujo e desorganizado,
Agora é limpo em águas torrenciais
E aqueles relâmpagos iluminam o céu
Levando luz a cidade inundada e escura.
No sertão, os homens se apavoram,
As mulheres apertam suas crias contra o peito
E seguram o choro de emoção e medo.
Mesmo temendo a novidade, todos sorriem.
Mas não adianta olhar pela janela,
Você não verá a chuva, não.
Porque ela está aqui dentro,
Dentro de mim é que chove.
A promessa
Há 5 anos
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