Omagio a Eikoh Hosoe, de Cicchine

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Poema do amor eterno


Que amor é esse, adorela?
Que não desapega,
Que não acaba,
Que tanto faz doer?

Que amor é esse, pequena sonhadora?
Que em tão tenra idade nasceu e
Parece que permanecerá
Até a velhice (de ambos).

Que amor é esse, medrosa?
Que agora tem medo de contar
A ele, de gritar ao mundo,
Que você finge que não tem.

Que amor é esse, dona do mundo?
Que parece calmaria,
Mas é vento rugindo nas
Folhas que dormiam.

Que amor é esse, senhorita?
Que da beleza faz-te bela,
Da tristeza faz-te lágrimas
E parece não haver alegria?

Ah, esqueça desse negócio de amor!
O amor lhe é um só e não há
Lugar para outro e ponto.
Fique a esperar, tola.

Um comentário:

Mailman disse...

Mas é assim que ele (o amor) é. Meio sem ponto, meio sem vírgula. Cheio de poesia, e vazio de razão.