Omagio a Eikoh Hosoe, de Cicchine

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Necessidade

És a canção mais bela
Composta em redondilha:
Poema! Poeta por amor.
Amor a todas, amor a eus.

Ilimitado e irrestrito
Poema ultra-romântico
Com rimas e métricas,
Sensibilidade e ilusão.

Por que a ti quisera eu
Dar meu coração?
Foste teu por muito tempo.
E ainda o é, em poema.

Não há arrependimentos
Quando o amor é verdadeiro
E o amado-amante vale a pena.
Fica apenas o gosto doce do amor-sonho.

Sereno como poema.
Doce como canção de ninar
Premeditada no silêncio da noite
Por ouvidos surdos e loucos.

Desejo, loucura e calmaria!
Um emaranhado no amor que tens.
Quisera eu poder te confessar:
Do mal que tu sofres, sofro também eu.

Liberdade de amor, sem libertinagem.
Todos são puros e belos.
Alguns com carne e lascívia;
Outros, apenas coração e ternura.

Bobagem amar só uma vez.
Não entregar-se e fechar os olhos,
Sentir beijos de amor ou carne
Sem pensar que há futuro.

Colecionadora de amores que sou,
Agora confessa, como tu fizeste,
Vivo de sonhos e ósculos
Em ruas desiguais e únicas.

Há quem diga que conquistar
É algo intrínsecamente meu.
Se for, que assim seja.
Se não, fica assim também.

Amor é simples e
Simplicidade é bonita.
Carinhos e sonhos não carecem compromissos.
Entretanto, compromissos necessitam

De carinhos e sonhos.
Carinhos antes de dormir;
Cabelos, pelos, bocas, desejo e ternura
Em tempos que não devem ser contados.

E sonhos ao acordar;
Pra passar o dia com o sabor
Escorrendo nos lábios,
“Sonhando” que a noite chegue rápida.

Danieli Buzzacaro
07/04/2009

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