Omagio a Eikoh Hosoe, de Cicchine

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Sobre a caixa e as consequências

O que há aqui dentro é uma caixa fechada com cadeado. Porém a chave espalhou-se pelo mundo. O mundo abriu e não soube cuidar.

Eu sabia que abrir era necessário, entretanto perigoso. Dito e feito, o perigo tomou conta e tornou-se inevitável.

Agora, os questionamentos são intermináveis e não trazem consigo uma conclusão, tampouco uma solução.

Abrir a caixa sempre significou (e era sabido que resultaria nisso) mostrar-me inteira, perder a vergonha e o medo. Mas o medo maior era o de abrir e agora, depois de tudo feito, o medo que deveria não mais existir, aumentou.

Muitas pessoas tem acesso a essa caixa e a toda bagunça guardada nela e em nada isso ajuda.

Queria a chave de volta, mas é tarde e tudo já está espalhado como pólem de flores na primavera. Esforço vão este, portanto.

E para se ter noção da atual situação, este texto (em contradição) está escrito em primeira pessoa.

Danieli Buzzacaro
26/11/2007

2 comentários:

Anônimo disse...

Que?!

Anônimo disse...

Vc me re-ensinou a ter saudade de alguém.

Volta logo =/

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