Omagio a Eikoh Hosoe, de Cicchine

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Poema às avessas

Ela, de sua torre
não sonha com nada
nada, além daquele príncipe.

Ele, de seu cavalo
já se cansou de procurar
agora, sentado, vê a chuva cair.

Os sonhos dela sempre foram a busca dele,
só eles não sabiam disso.

O dragão, descrente, morreu;
a princesa, de doença, definhou;
o cavalo, sorrateiro, passeia pela floresta;
e o príncipe, desencantado, troca fraldas.

Teriam sido felizes para sempre,
não fosse pela felicidade que amarelou.

Danieli Buzzacaro
30/05/2007

3 comentários:

Unknown disse...

mtoo bomm =)
adoreiii

Fernando Belucci disse...

Às vezes o mundo moderno é mais medieval que a idade média...

Depois de anos ainda se é difícil saber a definição perfeita do "felizes para sempre"... Ou seria essa mesma?

Andrea disse...

de todas as histórias sempre há mais histórias, para as mesmas histórias.

e um dia direi o outro lado da história, ou hei de ouvir da tua boca.

porque acredito que ela não tenha amarelado sem causa.