Talvez ele fosse o príncipe,
Que não era encantado
Nem sapo feio.
Era apenas de carne e utopia.
Ela, de sua angústia,
Entrelaçava-se no castelo
Que não tinha pedras,
Só um pouco de sentimento.
Do jardim de onde o observava,
Talvez pudesse tocá-lo.
Pobre, menina, ele era irreal.
Quase surreal e jamais
Poderia tocar aquilo que não existe.
Ele cantou-lhe canções,
Aquelas que falam de desamor.
E ela enchia-se de amor vão.
E o amor dela crescia
Na proporção da distância dele.
Ele ia e o coração dela
Transbordava dele.
O príncipe-sapo virou pedra.
Ela virou rosa-escarlate
Num jardim sem cor.
Numa realidade sem cheiro.
A promessa
Há 5 anos